quinta-feira, 22 de abril de 2010

Xbox 360 Prison Break: The Conspiracy

Prison Break: The Game" é um projeto do estúdio esloveno Zootfly Games que deveria ser distribuído pela defunta Brash Entertainment, notória por seus games de baixa qualidade como "Jumper: Griffin's Story". Com a falência da Brash, a Zootfly foi obrigada a suspender os trabalhos e a data de lançamento do game, marcada originalmente para fevereiro de 2009.


A Deepsilver entrou em cena para salvar o jogo e uma nova data foi escolhida. O título mudou para "Prison Break: The Conspiracy" e o desenvolvimento foi retomado, para sorte da Zootfly. No entanto notícias ruins não pararam de chegar e, pouco tempo depois, o seriado que serve como base para o projeto foi cancelado devido a uma queda vertiginosa de audiência nos EUA. O game chega então às lojas sem o apoio de marketing previsto originalmente e com a marca "Prison Break" em baixa.

Pelo visto toda a demora para o lançamento do game não foi utilizada para refinar o jogo. O produto final é extremamente decepcionante. Nada funciona direito na mecânica e o roteiro simplório nunca consegue inserir algo fresco na trama já vista na televisão, com diálogos medonhos que tratam o jogador como um idiota incapaz de deduzir elementos e reviravoltas óbvias da história.

Personagem inédito

O enredo de "Prison Break: The Conspiracy" se foca em um personagem inédito criado exclusivamente para o jogo, que se passa durante a primeira temporada da série. Tom Paxton é um agente da sinistra Companhia, a mesma organização responsável por incriminar Lincoln Burrows no assassinato do irmão da Vice-Presidente dos EUA e sua condenação à cadeira elétrica. A função de Paxton é se infiltrar na prisão Fox River e descobrir quais são os planos de Michael Scofield, irmão de Burrows, um gênio que arrumou uma maneira de ir para a cadeia para arquitetar uma fuga audaciosa.

O game mistura partes de pancadaria com furtividade, já que o agente precisa transitar entre as várias alas e prédios do presídio para seguir os passos de Scofield. Basicamente é preciso realizar tarefas para os vários personagens da trama, como encontrar objetos perdidos, lutar contra outros detentos ou vasculhar áreas de segurança.





O grande problema é que nada funciona como deveria. Os controles são imprecisos e Paxton parece sempre patinar no chão. Lutar então é um martírio, mesmo com o uso de apenas dois botões de ataque e um de defesa, já que alguns golpes não são registrados pelo computador. A câmera e a inteligência artificial também parecem querer sabotar a diversão; a primeira nunca foca direito na ação enquanto a segunda funciona de maneira extremamente irregular, com guardas cegos que não detectam um elefante abaixo de seu nariz e outros que parecem ter sonares e visão de raio-x.

"Prison Break: The Conspiracy" também sofre com um visual envelhecido. Algumas cenas parecem dignas de um jogo antigo de PlayStation 2, com apenas alguns retoques. O que salva são os modelos dos personagens principais, bastante fiéis, até mesmo porque ficaria feio mostrar isso para o elenco, que aparece em peso para dublar os diálogos canhestros do game. Os atores Wentworth Miller (Scofield), Dominic Purcell (Lincoln Burrows), Robert Knepper (T-Bag), Wade Williams (Bellick) e Amaury Nolasco (Sucre), entre outros, foram escalados para contribuir na dublagem, mas não conseguem evitar o desastre.

CONSIDERAÇÕES

"Prison Break: The Conspiracy" chega tarde, quase um ano depois do fim da série que lhe serviu de inspiração, e faz feio. A demora não se traduziu em qualidade e o resultado final é um desastre. Os visuais são pobres, as mecânicas de luta e furtividade não funcionam nunca e a história faz questão de tratar o jogador como um idiota incapaz de relacionar um evento com outro. Não há um momento inspirado sequer durante toda a campanha, o que torna o produto final uma vergonha para todos os envolvidos.
Fonte:UOL

Nenhum comentário: