Pelo visto toda a demora para o lançamento do game não foi utilizada para refinar o jogo. O produto final é extremamente decepcionante. Nada funciona direito na mecânica e o roteiro simplório nunca consegue inserir algo fresco na trama já vista na televisão, com diálogos medonhos que tratam o jogador como um idiota incapaz de deduzir elementos e reviravoltas óbvias da história.
Personagem inédito
O enredo de "Prison Break: The Conspiracy" se foca em um personagem inédito criado exclusivamente para o jogo, que se passa durante a primeira temporada da série. Tom Paxton é um agente da sinistra Companhia, a mesma organização responsável por incriminar Lincoln Burrows no assassinato do irmão da Vice-Presidente dos EUA e sua condenação à cadeira elétrica. A função de Paxton é se infiltrar na prisão Fox River e descobrir quais são os planos de Michael Scofield, irmão de Burrows, um gênio que arrumou uma maneira de ir para a cadeia para arquitetar uma fuga audaciosa.
O game mistura partes de pancadaria com furtividade, já que o agente precisa transitar entre as várias alas e prédios do presídio para seguir os passos de Scofield. Basicamente é preciso realizar tarefas para os vários personagens da trama, como encontrar objetos perdidos, lutar contra outros detentos ou vasculhar áreas de segurança.
"Prison Break: The Conspiracy" também sofre com um visual envelhecido. Algumas cenas parecem dignas de um jogo antigo de PlayStation 2, com apenas alguns retoques. O que salva são os modelos dos personagens principais, bastante fiéis, até mesmo porque ficaria feio mostrar isso para o elenco, que aparece em peso para dublar os diálogos canhestros do game. Os atores Wentworth Miller (Scofield), Dominic Purcell (Lincoln Burrows), Robert Knepper (T-Bag), Wade Williams (Bellick) e Amaury Nolasco (Sucre), entre outros, foram escalados para contribuir na dublagem, mas não conseguem evitar o desastre.
CONSIDERAÇÕES
"Prison Break: The Conspiracy" chega tarde, quase um ano depois do fim da série que lhe serviu de inspiração, e faz feio. A demora não se traduziu em qualidade e o resultado final é um desastre. Os visuais são pobres, as mecânicas de luta e furtividade não funcionam nunca e a história faz questão de tratar o jogador como um idiota incapaz de relacionar um evento com outro. Não há um momento inspirado sequer durante toda a campanha, o que torna o produto final uma vergonha para todos os envolvidos.Fonte:UOL
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