quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Michael Kiske - Herói ou vilão


Desde pequenos todos temos ídolos. Aquelas personalidades que nos fazem sonhar, acreditar e quando nos olhamos, já estamos até tentar imita-los. Esses seres podem ser jogadores de futebol, heróis de filmes de Hollywood ou mesmo alguém da nossa família.

Mas quando nos começamos a ouvir Rock, logo criamos outros ícones para adorar; uns amam os guitarristas com suas peripécias e técnicas acima da média, outros gostam dos bateristas, pois os mesmos possuem uma velocidade no pedal duplo, ou uma pegada incrível com viradas que deixam qualquer um de boca aberta. Há ainda o pessoal que se espelha nos vocalistas, a “cara” da banda, a pessoa que tem o poder de cativar cada indivíduo no público e leva-los ao delírio com um simples gesto com as mãos.

Entre ídolos eternos, podemos citar Jimmy Hendrix, John Lennon, Elvis Presley, isso do lado mais Rock’n’Roll. Falando do Heavy Metal, não posso deixar de citar Ozzy Ozbourne, Dio, Bruce Dickinson e é claro Michael Kiske.

Kiske fez história no Helloween criando dois dos mais perfeitos álbuns já lançados em todos os tempos, os Keeper of the seven Keys part I e II. Ambos com músicas perfeitas, que rapidamente se tornaram clássicos absolutos da banda por causa não só de suas letras incríveis e do instrumental rápido e divertido, mas também por causa da interpretação acima da média de Kiske.

Mas como nem tudo são flores, algum tempo depois começam os problemas internos, agravados pela péssima repercussão de Chameleon. Assim que acabaram os shows de divulgação do álbum, Kiske resolveu abandonar o Helloween. Logo depois de sua saída ele passou algum tempo sumido até reaparecer com seu primeiro disco solo Instant Clarity, no qual ele já diminuía consideravelmente a dose de Metal no trabalho, ainda que contasse com participações como Adrian Smith (Iron Maiden).

O tempo passa, e depois de algumas participações especiais, Kiske lança outra banda, chamada Supared, onde deixa bem claro, inclusive em entrevistas, que não quer mais tocar Metal, que esta descontente com o estilo e que muitos que estão no meio só pensam em dinheiro.

O que Michael Kiske disse não é totalmente mentira, mas com tantas bandas envolvidas com o Heavy Metal, por que só ele resolveu chutar o balde desta maneira? Direito dele, claro, mas virar as costas a um estilo que o consagrou é algo que muitos fãs, mesmo do Helloween, até hoje não conseguiram aceitar “pacificamente”.

O Sr. Kiske poderia simplesmente ter lançado um álbum independente, sem gravadora ou empresários, ou seja, sem pensar em dinheiro. Se ele realmente gostasse de Heavy Metal, não precisaria ter abandonado o estilo por causa da relação mercadológica dos músicos e das gravadoras (já que isso acontece em todos os estilos musicais).

Hoje em dia não é preciso ser vidente para saber que é muito difícil viver de música, já que muitas bandas de qualidade e potencial estão simplesmente desistindo por falta de apoio, mas nem por isso saem por ai dizendo que o metal morreu, pois ele esta mais vivo que nunca e vivo principalmente no coração dos que amam esse estilo.


Fonte:  Novo Metal

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