domingo, 31 de outubro de 2010

Silverchair: a prata que não virou ouro




A banda da vez não acabou e não teve nenhum integrante morto, mas com certeza é a prova de que o fim muitas vezes pode significar o início de um reconhecimento eterno.  Falo dos australianos do Silverchair, o trio que com pouca idade conquistou o mundo pelo rock arranhado do grunge e da agressividade.

Não que eles deveriam ter acabado – até tenho muita esperança que voltem a fazer álbuns como Freak Show, mas o sucesso e influência do grupo nos primeiros anos desta década são imensuráveis, se comparado com os dias atuais.

A performance de Daniel Johns e sua trupe mudou não só fisicamente, mas também na forma de fazer música. Os meninos parecem ter se libertado para a juventude e para experimentarem algo “energizante”, como ver o rock como algo independente, e não apenas como compromisso, como sempre fizeram desde os 17 anos de idade. A banda ainda tem qualidade, mas não há como comparar Israel’s Son, Freak, Slave e as canções de Diorama – o 4º e último álbum do ‘antigo’ Silverchair.



Nem mesmo as doenças de Johns afastaram do Silverchair o título de uma das grandes bandas do ano 2000. O rock in rio 2001 foi a prova do potencial do trio, depois do show absurdamente bem apresentado, superando até mesmo a expectativa dos fãs do Red Hot Chili Peppers, que se apresentaram na mesma noite.

Os australianos voltaram ao Brasil em 2003, para até então “última apresentação”. Em 2007 eles voltaram à mídia com outra imagem, embora carregassem a bagagem musical em suas apresentações. Os integrantes investiram em novos projetos, mas não obtiveram sucesso. O Silverchair é mais uma banda vítima do sucesso terminável. O trio voltou e desperdiçou a chance de entrar pra história como uma das maiores bandas de influência mundial - o que é uma pena.

O rock in rio volta para o Rio de Janeiro em 2011. O que nos resta agora é acreditar na profecia e esperar que os australianos repitam o sucesso de 10 anos atrás!

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