Não tem outra banda igual aos Beatles na história da música. O grupo é “o” verdadeiro fenômeno, não só musical, mas cultural, o maior de todos. Não tem pra Michael Jackson, nem Frank Sinatra e nem Elvis Presley! Sim, os garotos de Liverpool são maiores que o Rei do Rock, escreveram a música que tem mais regravações no mundo (“Yesterday”), eles continuam muito mais influentes do que qualquer artista que já viveu neste planeta e, com certeza, vai ser muito difícil aparecer alguém que consegua chegar perto do que eles foram.
Os Beatles estão mais vivos do que nunca, estão em todos os lugares, nos blogs, na mídia, nas casas noturnas, nos grandes espetáculos, nos museus, nos tocadores de mp3 e em todos os formatos. A cada nova invenção, que traz maneiras diferentes de se escutar música, aparece o catálogo dos Beatles pra gente comprar tudo de novo e a gente compra dando risada, como se fosse uma coisa rara, que nunca tivesse sido escutada.
Na última vez que estive em Londres, quando toquei com o Sepultura, eu visitei a Biblioteca Real, que possui um museu com documentos importantíssimos – como a Carta Magna por exemplo, que ainda é respeitada como se fosse a constituição britânica -, entre outras preciosidades da humanidade. Na parte musical, além de manuscritos de partituras de Mozart, Haydn e outros mestres eruditos, estão manuscritos de letras dos Beatles e cartões postais escritos por George Harrison e Paul Mccartney. Que outros músicos contemporâneos têm o privilégio de dividir o espaço com Mozart, talvez o maior gênio da humanidade?
Nesta semana, o ITunes finalmente anunciou a venda dos 13 álbuns dos Beatles e logo de cara sete dos 13 álbuns já figuraram na lista dos 20 álbuns mais vendidos. É incrível o poder que estas músicas têm nas gerações que vêm crescendo e escutando os Beatles pela primeira vez, além dos fanáticos que ainda estão enfeitiçados e querem ter tudo que sai no mercado.
Qualquer coisa que leva o nome dos Beatles é sucesso garantido. Há alguns anos saiu uma coletânea só de músicas que chegaram ao número 1 nas paradas britânicas e americanas, a coletânea se chamava 1 e foi um estouro de vendas, of course.
Um outro fenômeno, mas do mundo dos videogames, que se juntou aos Beatles é o Rock Band. O jogo é um parente próximo do Guitar Hero, cheio de detalhes, nos instrumentos, no visual, nos cenários e palcos, recheado de canções imortais que, se não fosse pela magia do videogame nunca teríamos esta sensação de se sentir um Beatle, é realmente inacreditável, uma viagem ao mundo das letras e melodias dos mestres, uma interação que agora é possível graças a esta nova tecnologia.
O Cirque du Soleil tem um espetáculo permanente em Las Vegas, nos Estados Unidos, chamdo LOVE e com coreografias inspiradas nos temas da banda. Sempre lotado, uma experiência fantástica que permite viver a música dos Beatles como nunca antes. Pena que o show é apresentado somente em Las Vegas, bom motivo pra visitar a cidade.
E Sir Paul McCartney está no Brasil de novo, neste fim de semana ele toca em São Paulo, já fez um show histórico em Porto Alegre e agora é a vez dos paulistas terem o privilégio de ver um ex-Beatle de perto. Ele toca somente duas vezes no estádio do Morumbi – claro, o maior e melhor estádio para o melhor e maior show da terra -, mas se tivessem mais duas semanas de shows, todos os dias, todos estariam lotados, com certeza. Nada mais, nada menos do que 22 músicas, das 36 dos setlist do show, eram dos Beatles, mais da metade dos show “solo” de Paul é dos Beatles. Afinal é o mais perto que vamos chegar de um show dos Beatles, somente dois membros ainda estão vivos e o outro, Ringo Starr, não possui nem o carisma e nem o talento de Sir Paul pra representar a banda nos palcos. Não se pode achar em nenhum outro palco no mundo alguém pra tocar Beatles como tem que ser tocado, em versões ao vivo, definitivas e apresentadas pelo criador e mestre em pessoa. Imperdível!
Paul em Porto Alegre:
God save the Beatles, the real kings! Play it loud!
Fonte: Yahoo
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