quarta-feira, 16 de março de 2011

Fórmula 1 Lente de aumento

Hoje cedo pingou na internet que o presidente da FIA, Jean Todt, anda preocupado com o tamanho dos números nos carros de Fórmula 1 e sua forma de distribuição. O francês, ex-homem forte da Ferrari, quer que o público identifique os competidores na F1 pelo número.

O problema maior é que, para que isso seja alterado como Todt propõe, é preciso a aprovação de todos os membros do Pacto da Concórdia. Se isso for pra frente, muita discussão vai surgir.

Até a década de 1990, as equipes de F1 tinham numeração fixa – a variação era o número 1 e 2, que eram fixados nos carros do campeão e seu companheiro de time. Particularmente, acho que é o melhor sistema; não gosto muito dos critérios adotados, por exemplo, na Stock Car, que, independentemente se o piloto é ou não o campeão, ele carrega um determinado número – Max Wilson, que competiu com o 65 em 2010, continuará com o mesmo número nesta temporada.

Concordo com o mandatário que os números são ridiculamente pequenos. Se o telespectador não conhecer os capacetes dos pilotos, realmente fica difícil identificar de longe quem é quem em cada escuderia. Os números grandes, como eram usados até o início da década de 1980, seriam a solução para isso.


Há quem goste do sistema adotado pelas TVs norte-americanas nas transmissões da Nascar. As emissoras usam setas virtuais com os nomes dos pilotos apontadas para os carros na pista. Eu acho aquilo um horror!

Por fim, sejamos sinceros: não seria mais útil Jean Todt pensar em algo para engrandecer a Fórmula 1? Ficar na dependência de asas traseiras móveis e Kers para que a categoria volte a arrebanhar fãs pelo mundo é muito arriscado; mesmo porque, acho que estas duas inovações, aliadas a utilização do novo composto de pneus (Pirelli), não serão suficientes para aumentar radicalmente as ultrapassagens, como muitos acreditam por aí.

Um último detalhe: seria muito mais produtivo um estudo com ações eficazes para tentar igualar as equipes médias com as grandes. Afinal, nunca a F1 teve uma avalanche de ultrapassagens. Antigamente, aconteciam pouco mais ultrapassagens do que hoje em dia, mas não este número absurdo que muito imaginam. O grande diferencial é que, antigamente, tinham mais escuderias em condições de chegar às vitórias; hoje, o lugar mais alto do pódio já está destinado à Red Bull, Ferrari, McLaren, salvo uma zebra galopante.

Talvez a lente de aumento proposta por COCKPIT deva ser utilizada não para enxergar os números, mas para identificar a insatisfação e promover uma categoria ainda mais equilibrada.

Fonte: JB 

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