domingo, 1 de maio de 2011

Vivos e sortudos


O guitarrista do Warrant, Erik Turner, concedeu entrevista à revista australiana Loud. Confira alguns trechos do bate-papo.

Provavelmente algumas pessoas estão supresas que o Warrant ainda exista.

Vivemos em nossa própria bolha chamada Estados Unidos da América. Fazemos uma média de 50 a 75 shows por ano lá. Não somos tão populares como antigamente, mas fazemos vários festivais e cassinos. Estou feliz por ter mantido o sonho vivo por todos esses anos, mesmo não tendo tocado muito fora de lá. Vamos ao México e Canadá de vez em quando, mas o foco maior é nos Estados Unidos mesmo.

Eu ia lhe perguntar sobre o grunge, pois faz vinte anos que saiu Nevermind, do Nirvana, considerado por muitos como o marco da morte do ‘Hair Metal’. Obviamente você escutou o disco quando saiu. O que achou?

Adorei, era um grande álbum. Mas, obviamente, não gostei do fato que a indústria passou a vender só aquele tipo de música. Uma pena, pois o mundo é grande o suficiente para todos os gêneros, seja grunge, dance, rap, pop ou rock. Na América eles não promovem a música no mérito. Vendem como se fosse pasta de dente, apenas um produto.

Isso serve ao Warrant também? Vocês eram apenas outro produto para eles?

Sim. Se a indústria fosse uma igreja, seríamos todos excomungados. Não seríamos mais convocados a se ajoelhar diante do altar, éramos as prostitutas da vez. É engraçado, mas verdadeiro. Começaram procurar apenas bandas que soassem como o Nirvana. E havia outros grupos legais, como o Soundgarden e o Alice In Chains, que eu adoro. Aliás, a ironia é que o Alice In Chains conseguiu um contrato para gravar justamente após abrirem uma turnê nossa.

Ainda lhe frustra o fato de que muitos o conhecem apenas por “Cherry Pie”?

Não, na verdade me sinto um sortudo. Ironicamente, não foi nossa melhor posição nas paradas, foi “Heaven”. Mas por algum motivo, o que marcou foi “Cherry Pie”, talvez pelo clipe. Ainda a tocamos todas as noites, considero isso algo bom.

Fonte: Van do Halen

Nenhum comentário: