Foi aí que uma sirene alta tocou e os portões se abriram finalmente. “Ainda bem, puta que pariu,” disse Paul. Ele deu mais um cutucão na cabeça do moleque. Mas ele ainda não tinha terminado. ‘HEY, TONY! NÃO FAZ ISSO, CARA! HEY, EU SOU SEU IRMÃO! VOCÊ SE LEMBRA DE MIM, CARA? EU SOU A PORRA DO SEU IRMÃO!’
Intrigado, Tony finalmente olhou. O garoto tinha uns 19 anos e tinha sotaque do Bronx. Tony não disse nada. A mão dele já estava no botão, mas à medida que o vidro fumê começou a subir, o moleque pulou pra dentro de novo. ‘MAS EU SOU SEU IRMÃO, CARA! A PORRA DO SEU IRMÃO, CARA! EU SOU A PORRA DO SEU IRMÃO!’
Finalmente, a janela se fechou com um estampido confortante e a limusine andou, os portões se fechando atrás de nós. ‘Bando de loucos’, murmurou Tony. ‘A gente sempre topa essas porras de loucos… ’
Você pode achar que isso é quase inevitável para uma banda chamada Black Sabbath, mas coisas assim acontecem com todos os outros com os quais eu trabalhei. Mesmo gente ‘normal’ como Def Leppard e Bon Jovi tinham sua cota de debilóides pesando em cima deles, na esperança de discutirem o verdadeiro significado no estilo ‘Código da Vinci’ de ‘Pour Some Sugar On Me’ ou ‘Living On A Prayer’. Loucos de pedra, e claro, garotas: garotas apaixonadas, garotas que na verdade eram homens, garotas em duplas e trios, e seus namorados voyeurs, até mesmo garotas e suas mães.
Mas essas você pelo menos sabia o que queriam. Eram os loucos – mulheres, caras e tudo no meio dos dois – que realmente preocupavam. Os que apareciam nos shows de Ozzy Osbourne carregando várias cabeças de porco. Os que escreviam nomes como Marilyn Manson com faca nos braços ou tinham fotos de Kurt Cobain tatuadas em suas bundas. Aqueles que tinham aquele olhar percebível a um quilômetro, dizendo: eu te amo tanto que eu posso até te matar se você não me tratar bem.
Eu confio em você pra que nunca permita que essa descrição lhe sirva, okay?
Fonte: Whiplash!
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