sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Buraco na camada de ozônio alcança tamanho máximo anual


Temperaturas frias na estratosfera causaram diminuição da camada maior que a média

A camada de ozônio protege a superfície da Terra da radiação ultravioleta emitida pelos raios solares

O buraco na camada de ozônio no Hemisfério Sul chegou ao nível máximo anual no dia 12 setembro: 16 milhões de quilômetros quadrados. É o nona maior marca dos últimos 20 anos. A informação é da agência espacial americana (Nasa) e da Administração Atmosférica e Oceânica dos Estados Unidos (NOAA).

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CAMADA DE OZÔNIO
A camada de ozônio é um escudo protetor da radiação solar entre 16 e 30 quilômetros de altitude. Ela tem 20 quilômetros de espessura e abriga 90% do ozônio presente na atmosfera. Se os raios solares não fossem filtrados por ela, toda a vida deixaria de existir.
OZÔNIO
O ozônio é uma molécula composta por três átomos de oxigênio. Ele se forma quando as moléculas do gás oxigênio (O2) se rompem por causa da radiação ultravioleta. Os átomos separados combinam-se novamente com outras moléculas de oxigênio formando o ozônio (O3). É um gás na temperatura ambiente altamente reativo e oxidante que consegue absorver a parte nociva da radiação ultravioleta.
O buraco na camada de ozônio aumenta e recua ao longo do ano, devido às variações de temperatura, influência dos ventos e atividade solar. "As temperaturas mais frias que a média na estratosfera causaram um buraco de ozônio maior que a média", disse Paul Newman, cientista-chefe do Centro Goddard de Voos Espaciais da Nasa. "Embora relativamente grande, a área do buraco de ozônio em 2011 está dentro das nossas previsões, dado que os níveis químicos de origem humana persistem na atmosfera."
A Nasa e a NOAA utilizam instrumentos terrestres e de medição atmosférica aérea a bordo de balões e satélites para monitorar o buraco de ozônio no Polo Sul, os níveis globais da camada na estratosfera e as substâncias químicas artificiais que contribuem para a diminuição da proteção.

O diretor da divisão de Observação Mundial da NOAA, James Butler, lembrou que o consumo de substâncias que destroem o ozônio diminui pouco a pouco, devido a campanha internacional, mas ainda há grandes quantidades de produtos químicos causando danos. A maioria dos produtos químicos permanece na atmosfera durante décadas.



Fonte: Veja Abril

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