segunda-feira, 11 de abril de 2016

Explicando o RPG

Há tempos estava querendo fazer um post relacionado ao RPG. E hoje ao som de Lord Nafaryus do Dream Theater e com um cheiro inacreditável de bolo de brigadeiro que minha adorada esposa está fazendo, tive ânimo para fazer algo relacionado ao melhor jogo já criado neste universo! É claro que pesquisei na internet sobre o jogo para que você possa entender da melhor forma possível. Vamos logo explicar o que é e como ele funciona, antes que eu simplesmente não queira mais escrever sobre porra nenhuma.






O que é o RPG?  RPG (ROLE-PLAYING GAME)

RPG é uma sigla em inglês que pode ser traduzida como “Jogo de Interpretação de Papéis” ou “Jogo de Interpretação de Personagens”. Nele um grupo de amigos se reúne para construir uma história, como se fosse um teatro de improviso. Existe um diretor, chamado de “narrador” ou “mestre”, que vai explicando o desenrolar da trama; e existem os jogadores, que modificam a história à medida que interpretam seus personagens.
Durante o jogo os personagens vivem aventuras que lembram os grandes épicos de nossa literatura e cinema: enfrentam monstros, salvam princesas, desafiam impérios galácticos ou não, pois também é possível interpretar vilões e anti-heróis. Existem RPG’s de todos os tipos: de fantasia medieval ao terror, de viagens espaciais a cenários históricos. E isso sem precisar desgrudar da cadeira e largar o refrigerante, pois tudo se passa na imaginação.
Existem formas diferentes de jogar RPG e também outros jogos que derivaram dele, mas neste artigo trataremos unicamente do RPG “de mesa”, o mais tradicional, onde os jogadores apenas dizem o que seus personagens farão, interpretando-os por meio de diálogos.


  


Como foi que surgiu o RPG?

O RPG surgiu nos EUA em 1971, com a criação do The Fantasy Game, rebatizado em 1974 de Dungeons & Dragons (D&D) – algo como “Masmorras e Dragões”. OD&D existe até hoje e é um jogo de fantasia medieval fortemente influenciado pelos romances O Hobbit e O Senhor dos Anéis.
Seus criadores, Gary Gigax e Dave Anerson, eram ávidos jogadores de “jogos de guerra” (wargames, um passatempo bem comum nos EUA) que simulam batalhas usando miniaturas de veículos e exércitos. A ideia inicial que eles tiveram foi de jogar com personagens ao invés de tropas, e que cada jogador controlasse apenas um deles. Hoje o RPG “de mesa” possui muitos adeptos em todo o mundo, mas ainda é pouco conhecido do grande público.
E por aqui? Quando chegou?
No Brasil, ele chegou na década de 80, com estudantes universitários que conseguiam importar algum livro e fotocopiavam-no para os amigos – o que os tornou conhecidos como a “Geração Xerox”. Em 1991 surgiram o primeiro nacional – Tagmar, de fantasia medieval – e o primeiro RPG traduzido para o português – oGURPS, que se propunha a possibilitar jogos em qualquer tipo de cenário. Na década de 90 surgiu aquele que se tornaria um favorito por aqui: Vampiro, a Máscara, um jogo de terror com mais foco na interpretação e drama pessoal dos personagens. Por volta do ano 2000 o RPG brasileiro veio com tudo, consolidando-se com Tormenta (também de fantasia medieval) e 3D&T (baseado em quadrinhos japoneses e videogames), sendo sucesso até hoje.

Como funciona?

O mestre prepara uma história com algum desafio a ser superado e os jogadores criam os personagens que se envolverão nesta trama. Essas histórias são geralmente chamadas de “aventuras” e um conjunto de aventuras jogado com os mesmos personagens forma uma “campanha”.
Todo jogo tem regras e no RPG geralmente elas vêm escritas em livros que contém instruções e ideias para a criação de emocionantes campanhas, personagens e antagonistas. Muitos desses livros também descrevem os cenários onde as aventuras podem acontecer e o tipo de personagem que os jogadores podem ou não criar. Faz sentido jogar com um cowboy no Velho Oeste, mas não numa história do rei Arthur.
Cada jogador tem um formulário – a “ficha de personagem” – onde tudo que seu personagem sabe fazer está anotado. Geralmente essas habilidades estão associadas a um número (“Natação: 10, “Briga: 8”, etc.) e se jogam dados contra esses valores para saber se o personagem foi ou não bem-sucedido em sua ação.  Vem daí o apelido de RPG “de mesa”, já que é comum jogar ao redor desse apoio para os livros, os dados, etc.
O jogo inteiro baseia-se nas escolhas feitas pelos personagens que, interpretados pelos jogadores, modificam a trama, afetando o mundo da narração. Então o mestre descreve as consequências das ações dos personagens, e isso gera novas situações para que eles escolham novas ações. Assim, a história vai se construindo coletivamente.




Ainda não entendi sobre o RPG. Socorro!

Bem, se ainda não entendeu deve ser muito animal. Vou explicar da forma mais curta, grossa e informal possível. Em outras palavras vou explicar de uma maneira bem porca, para que você analfabeto funcional possa entender.

1. RPG de mesa foi criado primeiro, antes dos RPG’S de videogame e MMORPGS. Os RPG’s de mesa derivam dos antigos jogos de simulação estratégica que usavam miniaturas. 
Os mais famosos atualmente são Dungeons & Dragon (um dos primeiros), Vampire (Horror Gótico com criaturas da noite) acho esse uma merda tremenda e outros. 

2. Livros de regras, dados, fichas de personagens, papel a parte, canetas ou lápis. Um grupo de amigos e tempo livre. Claro, se não tiver nada disso, pode tentar jogar pela net. Um dos jogadores narra uma história, os outros jogadores atuam como os personagens, tentando resolver os problemas que surgem na mesma. Os jogos podem variar de missões de resgate até fazer coisas comuns com seu personagem, como passear com alguém.

3. Desenvolve um sistema regras por si só ou use algum disponível nos diversos livros de rpg existente ou pela net. Com as regras criadas, pense em que tipo de cenário você ou outras pessoas poderiam gostar de jogar. Normalmente as pessoas gostam de temas atuais ou fantasia medieval heróica, mas cada um tem seu gosto. 

4. Um livro de regras e um pouco de imaginação. Em tempos passados pessoas usaram o sistema de regras de Vampiro: A Máscara para criar um cenário de rpg com as Guerreiras Mágicas de Rayearth, um anime (desenho animado japonês) popular no Brasil na década de 90.

Amigo se depois disso aqui tu não entender, foda-se! Não merece jogar.

Até hoje sinto falta do jogar, mas como eu, todos os meus amigos viraram pessoas “responsáveis” ou estão tentando, e não temos tempo. Espero que tenha se interessado por este mundo, pois vale muito a pena jogar e a sensação e a satisfação de jogar é indescritível!

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