terça-feira, 19 de abril de 2011

Cinco discos para conhecer: Power Metal


Guitarristas espancadores de gatinhos. Baixistas e bateristas tocando na velocidade da luz. Vocalistas sem gônadas. Tecladistas que tocam guitarra no teclado. Letras que falam sobre dragões, mitologia e coisas fofas. Saibam que o segmento mais melódico do Heavy Metal, também conhecido pelo nome Power Metal, vai bem além de estereótipos. Conheça mais através dessa postagem, que abrange os cinco discos mais recomendados para conhecer o estilo.

Helloween - Keeper Of The Seven Keys: Part II [1988]

Helloween sempre foi creditado como o grupo pioneiro do estilo, ou ao menos de sua popularização. O seu primeiro trabalho com a formação dita clássica foi a primeira parte de"Keeper Of The Seven Keys", já responsável por causar um grande alvoroço na cena. Mas a consagração veio com a segunda parte desse trabalho.

"Keeper Of The Seven Keys Part 2" traz a grande maioria dos standards do gênero, incluindo forte ênfase nos vocais, guitarras sincronizadas, velozes e que não executavam as mesmas trilhas, cozinha extremamente rápida e muitas vezes com a estrutura rítmica desuniforme e temáticas líricas com uma pontinha de fantasia. Hoje em dia é fácil encontrar dezenas de bandas tentando soar como o Helloween soou nesse disco, justificando a importância deste para uma boa introdução ao estilo.



01. Invitation
02. Eagle Fly Free
03. You Always Walk Alone
04. Rise and Fall
05. Dr. Stein
06. We Got the Right
07. March of Time
08. I Want Out
09. Keeper of the Seven Keys
10. Save Us

Michael Kiske - vocal
Michael Weikath - guitarra, teclado
Kai Hansen - guitarra
Markus Grosskopf - baixo
Ingo Schwichtenberg - bateria

Angra - Angels Cry [1993]

O Brasil sempre teve certa força quando o assunto é Metal melódico e o principal expoente do estilo em terras tupiniquins continua sendo o Angra. A visibilidade inicial pode ser justificada pela intenção ambiciosa do projeto, formado pelo empresário Antônio Pirani, proprietário da revista Rock Brigade, mas se os músicos corretos não fossem escolhidos, dificilmente estaríamos falando dessa banda hoje.

"Angels Cry" foi o primeiro full-length dos caras e é um trabalho envolvente, que cativa fãs de várias vertentes do Metal. Os músicos, talentosíssimos, exalam competência, entrosamento, criatividade e versatilidade nos 55 minutos que constituem o play. Não obstante, se consagraram em outras regiões do mundo nessa época - ganharam disco de ouro no Japão - e permanecem como uma das poucas bandas brasileiras de Metal realmente conhecidas no exterior. E cá entre nós, Andre Matos permanece como um mito do estilo, pois definitivamente nunca conseguiu apresentar tanta qualidade como trouxe aqui.

 
01. Unfinished Allegro
02. Carry On
03. Time
04. Angels Cry
05. Stand Away
06. Never Understand
07. Wuthering Heights
08. Streets Of Tomorrow
09. Evil Warning
10. Lasting Child

Andre Matos - vocal
Kiko Loureiro - guitarra
Rafael Bittencourt - guitarra
Luis Mariutti - baixo
Alex Holzwarth - bateria

Músicos adicionais:
Kai Hansen - guitarra em 6
Dirk Schlächter - guitarra em 6
Sascha Paeth - guitarra e violão em 6
Thomas Nack - bateria em 7


Gamma Ray - Land Of The Free [1995]

Até então, o Metal melódico permanecia como um estilo que flertava com vários outros. E foi com um flerte de Kai Hansen - o mesmo que foi guitarrista do Helloween até o fim da década de 1980 - que o Gamma Ray se imortalizou e tornou esse flerte essencial para novas bandas do estilo.

"Land Of The Free" foi o primeiro a ter Hansen também nos vocais, fazendo com que o cara assumisse o controle de vez da banda que montou. Felizmente, o resultado foi muito bom e o êxito comercial veio novamente. A aproximação com oSpeed Metal se apresentou consistente e mais íntima a partir deste álbum e esse surto de criatividade de Hansen e seus comparsas influenciou o bastante para ter um espaço nessa lista.



01. Rebellion In Dreamland
02. Man On A Mission
03. Fairytale
04. All Of The Damned
05. Rising Of The Damned
06. Gods Of Deliverance
07. Farewell
08. Salvation's Calling
09. Land Of The Free
10. The Saviour
11. Abyss Of The Void
12. Time To Break Free
13. Afterlife

Kai Hansen - vocal, guitarra
Dirk Schlächter - guitarra, backing vocals
Jan Rubach - baixo, backing vocals
Thomas Nack - bateria

Músicos adicionais:
Sascha Paeth - teclados
Michael Kiske - vocal em 12, backing vocals em 9
Hansi Kürsch - vocal adicional em 7, backing vocals em 9 e 11

Stratovarius - Visions [1997]

Demorou, mas o sexto álbum do Stratovarius foi o responsável por colocar o grupo entre os maiores do estilo e por alavancar as vendas de seus registros. "Visions" foi incessantemente elogiado por trazer uma sonoridade pra lá de aprimorada, fruto, principalmente, da genialidade do genial guitarrista Timo Tolkki. O líder das composições do conjunto já havia experimentado a inserção de outros gêneros no som da banda, mas a partir de "Visions" o foco musical da banda foi estabelecido.

O entrosamento dos músicos é o principal destaque de"Visions", principalmente entre Tolkki e o tecladista Jens Johansson, que fez bem ao sair da banda de Yngwie Malmsteen para mostrar ao mundo o seu talento. Vale lembrar que o Stratovarius revolucionou por ser uma das primeiras bandas do estilo e talvez até uma das primeiras do Metal, no geral, a trazer teclados em primeiro plano. Assim como copiam o Helloween, outros conjuntos copiam oStratovarius freneticamente ao redor do mundo.



01. The Kiss Of Judas
02. Black Diamond
03. Forever Free
04. Before the Winter
05. Legions
06. The Abyss of Your Eyes
07. Holy Light
08. Paradise
09. Coming Home
10. Visions (Southern Cross)

Timo Kotipelto - vocal
Timo Tolkki - guitarra
Jari Kainulainen - baixo
Jörg Michael - bateria
Jens Johansson - teclados

Blind Guardian - Nightfall In Middle-Earth [1998]

Os integrantes do Blind Guardian nunca tiveram experiências como videntes, mas em "Nightfall In Middle-Earth" serviram para prever o futuro na ala mais melódica do metal. Antes de todo o estrondoso sucesso da trilogia"Senhor dos Anéis" nos cinemas, esse disco era lançado, inspirado em "O Silmarillion" de J.R.R. Tolkien, mesmo autor da trilogia citada.

O álbum serviu para elevar o sucesso do Blind Guardian, que experimentou algo novo para eles, saindo de sua zona de conforto e criando um novo som, ainda com foco noPower/Melodic Metal mas com genialidade o suficiente para influenciar uma nova leva de conjuntos do estilo, ao lado doStratovarius. O trabalho consegue ser complexo e acessível ao mesmo tempo, algo que cativou admiradores de outros tipos de música pesada.



01. War Of Wrath
02. Into The Storm
03. Lammoth
04. Nightfall
05. The Minstrel
06. The Curse Of Feanor
07. Captured
08. Blood Tears
09. Mirror Mirror
10. Face The Truth
11. Noldor (Dead Winter Reigns)
12. Battle Of Sudden Flames
13. Time Stands Still (At The Iron Hill)
14. The Dark Elf
15. Thorn
16. The Eldar
17. Nom The Wise
18. When Sorrow Sang
19. Out On The Water
20. The Steadfast
21. A Dark Passage
22. Final Chapter: Thus Ends

Hansi Kürsch - vocal
André Olbrich - guitarra, violão
Marcus Siepen - guitarra
Thomas "Thomen" Stauch - bateria, percussão

Músicos adicionais:
Oliver Holzwarth - baixo
Mathias Weisner - teclados, efeitos
Michael Schüren - piano
Max Zelzner - flauta
Norman Eshley, Douglas Fielding - narração
Billy King, Rolf Köhler, Olaf Senkbeil, Thomas Hackmann - coral


E lembrem-se...

Fonte: Van do Halen

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