sábado, 23 de abril de 2011

Games de Outras Épocas - Parte 5



Em 1992, jogos de futebol de qualidade eram como água no deserto. Antes das séries FIFA e Winning Eleven chegarem e tomarem de assalto o mercado e o coração dos fãs, o negócio entre os gamemaníacos era se contentar com jogos de razoáveis para ruins, vítimas, é claro, da limitação técnica – obstáculo decisivo para desenvolver uma produção esportiva. Uma exceção chegou ao mercado graças à SNK. Super Sidekicks trazia uma jogabilidade inédita, com possibilidade de lances tramados, como trocas de passes e contra-ataque em alta velocidade, além da mortal bola na área para conclusão do matador. As seis animações pós-gol eram um show à parte para a época.


Era possível escolher entre 12 seleções. Brasil e Argentina representavam o continente e eram, com Alemanha e Itália, as equipes mais fortes do jogo. O jogador com a sinalização “Ace” acima da cabeça era o craque. Tinha mais velocidade e conclusão a gol muito mais potente que os outros. Portanto, o negócio era sempre procurar ele e marcar o equivalente do adversário. No Arcade, eram 3 minutos para decidir o jogo ou adeus ficha. Na versão para Neo Geo, um erro crasso: os times não trocavam de lado após o intervalo, fato que se repetiria na segunda versão do game. Outro fato perceptível é que a arbitragem dificilmente marca faltas. Portanto, desde que não seja perto da área, o negócio é descer a lenha sem dó nem piedade.



Super Sidekicks é considerado o precursor dos games de futebol modernos. Ainda sairiam outras três continuações da série, mais sofisticadas e com adição de inúmeras outras seleções. Uma ótima pedida para quando se está cansado dos famosos do ramo.

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