segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Rock no Rock in Rio: a volta de uma velha discussão - O Globo

Slipknot x Katy Perry


A discussão vem à tona a cada edição do Rock in Rio: como pode um festival que tem a palavra "rock" no nome trazer tantas atrações pop (e de hip hop, R&B, eletrônica, MPB, reggae, axé...)? Já que o nome do evento sugere, parte do público espera (e até exige) da organização do festival que apenas roqueiros subam ao palco.

Os fãs, que quase sempre reagem de forma pacífica (hoje com a ajuda amplificadora das redes sociais) às vezes ultrapassam a linha da intransigência. Eduardo Dusek e Erasmo Carlos, em 1985, Lobão, em 1991, e Carlinhos Brown, em 2001, já sentiram na pele essa rejeição.
A polêmica começou junto com o Rock in Rio. Em 1985, muita gente já expressava sua insatisfação com um "line-up" nem tão roqueiro assim. Na época, os músicos Ritchie e Rita Lee - que foi uma das atrações do evento - sugeriram que o festival deveria se chamar "Pop in Rio".
Mas a verdade é que Roberto Medina, idealizador do festival, sempre escalou um mix de ritmos para seu evento, às vezes com mais, às vezes com menos atrações pop ou de gêneros musicais diferentes do rock.
- Existe mesmo essa confusão. A proposta efetivamente nunca foi ser rock. Tratamos o rock como a atitude do roqueiro, uma atitude positiva, empreendedora e construtiva. O que a gente chama de rock é o espírito rock - explica Roberta Medina, vice-presidente do Rock in Rio.
Na primeira edição em 1985 a escalação já era muito mesclada e, além do rock, tinha jazz, com George Benson; todo tipo de MPB, com Elba Ramalho, Alceu, Ney Matogrosso e Ivan Lins; além do pop descartável das Go Go's.
- Acima de tudo, a proposta do Rock in Rio é fazer públicos diferentes conviverem em paz no mesmo local. Isso não é um evento de nicho, o Rock in Rio é um evento para todo mundo, e não só para os roqueiros - diz Roberta.
E, com o tempo (já são 26 anos desde a primeira edição), até mesmo o processo de escalação mudou. Desde o primeiro evento em Portugal, em 2004, os organizadores do Rock in Rio adotaram a opinião pública - através de pesquisas de mercado - como forma de escolher quem deve subir ao palco.
- Atualmente a escolha do line-up é fácil e pouco romântica. Desde 2004, a gente faz uma pesquisa de mercado. No Brasil foi feita pelo Ibope. Foi o público quem disse quais eram as bandas que mais desejava ver. A contratação começa do topo da lista para baixo. É claro que temos que buscar talentos que vão atender a 100 mil pessoas por dia - reforça Roberta.


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