Cocaína
A cocaína é uma das drogas mais usadas em nosso meio, junto com a maconha. É um alcalóide derivado do arbusto Erythroxylum coca Lamarck e utilizada como agente excitante do sistema nervoso central. Foi popularizada, a priori, quando usada para o tratamento da dependência da morfina. A via de administração inalatória é a mais comum. Com o uso repetido, pode levar necrose (morte do tecido) do septo e das mucosas nasais. Contudo, a cocaína também pode ser injetada (a via mais perigosa, devido ao risco de infecções), produzindo efeitos mais exuberantes, causando inclusive alucinações e elevando o risco de parada cardiorrespiratória por overdose. Além dessas vias, a cocaína misturada com o bicarbonato de sódio pode ser também fumada, vide crack.
Os efeitos imediatos duram entre 30 e 40 minutos e causam sociabilidade, aumento da autoestima, sensação de poder, bem estar, euforia, aumenta a ansiedade/agressividade, leva a insônia, delírios e engana a fome. O usuário pode apresentar salivação intensa, taquicardia, sudorese e dentes dormentes (com o aumento da dose, a dormência pode aparecer também em extremidades, como dedos e orelhas. É comum a paranoia, e a depressão do sistema nervoso, podendo levar ao coma. A cocaína é bem mais facilmente viciante do que as outras drogas citadas no artigo anterior. A cada dia, a tolerância do usuário cresce, fazendo com que ele aumente a dose da droga, progressivamente. Com o uso prolongado a lesão cerebral vai se agravando, levando a perda de memória, concentração e à desnutrição grave (anorexia). É ilegal em TODOS os países do mundo, embora seja também uma das mais vendidas. Crack
O nome deriva do verbo “to crack“, do inglês, quebrar, por causa do som das pedras ao se queimarem. É uma forma impura da cocaína que, misturada com o bicarbonato de sódio, pode ser fumada. De rápido efeito, em dez segundos seu organismo responde a ela, com uma euforia ainda mais intensa que a ocasionada pela cocaína. Seu efeito rebote de depressão ao término do efeito faz com que o usuário procure a droga novamente com mais avidez.
É uma droga bem mais barata que a cocaína, sendo ainda mais potente, acabou se popularizando rapidamente nas classes mais baixas. E como a abstinência é muito mais incômoda, é comum que o usuário entre no mundo do crime devido à “fissura” pela substância. Não raro, ficam mais violentos também, devido ao mal estar que sentem e sabem que a única coisa que vai melhorar essa sensação de desespero será o uso contínuo da droga.
Tem os mesmos efeitos da cocaína, porém cinco a seis vezes mais potentes, uma vez que a droga chega à corrente sanguínea quase que imediatamente pela absorção do pulmão (em forma de pó, ela ainda entra pela mucosa e chega mais lentamente ao sangue). A destruição dos neurônios e músculos é bem mais importante, tendo mais chance de levar ao infarto e ao derrame cerebral.
Alguns traficantes chegam a misturar pedrinhas de crack dentro de cigarros de maconha, a fim de causar dependência nos usuários e torná-los mais cativos à venda. Essa droga é conhecida como criptonita, craconha ou desirée (comumente usado por prostitutas).
Para saber mais: visite o site Crack, Nem Pensar. É uma campanha contra a primeira tentativa de uso da droga. Pois é evitando a primeira vez que se impede o vício, já que ela vicia bem mais rapidamente que qualquer outra droga. Contudo, também é o vício mais difícil de ser superado.
Heroína
Derivada do ópio, extraída das folhas da papoula, a heroína era usada antigamente como analgésico e como remédio para tosse em crianças, começou a ser proibida no ocidente devido ao efeito colateral que fazia com que seus usuários ficassem mais agressivos.
O usuário experimenta uma sensação de sonolência e euforia, como se estivesse vivendo em um sonho. Suas dores e preocupações são aliviadas, os batimentos cardíacos aumentam e sua pupila diminui. Vômitos, depressão respiratória (maior causa de morte por overdose) e coceira corporal podem ocorrer.
Em longo prazo provoca disfunção sexual, perda da libido e do senso de higiene corporal. O uso contínuo faz com que o corpo fique resistente, tornando o usuário propenso a aumentar a dose progressivamente. Por vezes, mistura-a à cocaína a fim de intensificar sua potência.
Das complicações mais graves, citamos a surdez, epilepsia, disfunções do humor, infarto e derrames, estes últimos que podem ser fatais. Os sinais de abstinência são incômodos, como mal estar geral, dores musculares e de estômago, lacrimejamento e corrimento nasal, suores frios e câimbras, fazendo com que o usuário procure a droga novamente a fim de aliviá-los.
Além dos efeitos diretos da droga, ainda há o risco de contaminação por HIV e Hepatite C pelo compartilhamento de seringas, além do risco de necrose local, devido à erosão que a droga causa nas veias (flebites). É um dos vícios de mais difícil controle, ao lado do crack. Para saber mais: assista o filme Eu, Christiane F., 13 Anos, Drogada e Prostituída, de 1981, inspirado na história real de Christiane Vera Felscherinow, uma alemã viciada em heroína que continua na luta contra o vício até hoje. Ela ficou conhecida no final de 1970 por relatórios publicados na revista Stern, assinando apenas como Christiane F.
Então, leitor, melhor manter-se longe destas substâncias. O que parece diversão num primeiro momento, pode se transformar em um pesadelo sem fim. Você gasta seu dinheiro, perde sua saúde e ainda incomoda sua família e vizinhança.
Se você quer sair dessa, PROCURE AJUDA o mais rápido possível. A primeira condição para deixar o vício é querer. Fale com sua família, um amigo de confiança ou procure uma Clínica de Recuperação.
