domingo, 6 de março de 2011

Drogas e seus efeitos – Parte 1


Droga é toda substância que, introduzida no organismo, modifica sua função. Pode ser natural ou sintética (fabricada em labotatório). São classificadas em estimulantes, depressoras e pertubadoras das atividades mentais. As psicotrópicas agem no Sistema Nervoso Central, alterando o comportamento e as atividades psíquicas. Seu uso é nocivo causando danos físicos e mentais a curto e longo prazo.
Depois da intoxicação, vem o efeito rebote (a depressão) causando abstinência e necessidade física de consumir mais droga – esse círculo vicioso pode causar a tão temida dependência e começa sutilmente até o consumo crônico.
Falei no post anterior sobre a intoxicação alcoólica e seus efeitos a curto prazo. Apesar de legalizado, o álcool, assim como o cigarro, também é uma droga.
Contudo, este post vai dar ênfase às drogas ilícitas. Começaremos abordando a polêmica e inofensiva(com aspas em negrito, propositalmente): Maconha.
Drogas e seus efeitos – Parte 1
A principal substância que causa os efeitos no organismo tem um nome tão estranho (tetrahidrocanabinol) que vamos precisar apelidá-lo de THC. Ele é absorvido pelo fumo das folhas daCannabis sativa, nome científico da maconha. O THC é metabolizado no fígado gerando metabólitos ainda mais potentes e tóxicos causando um efeito depressor no Sistema Nervoso Central (SNC).
Os efeitos mais evidentes são o ressecamento da boca, aumento do apetite (larica), avermelhamento dos olhos e taquicardia, acompanhadas de sensação de bem-estar e relaxamento. Muitos usuários referem um aumento na criatividade, além de diminuição do estresse. Também cursa com diminuição da coordenação motora, perda da memória recente e afeta diretamente os pulmões causando tosse.
Quanto mais jovem o indivíduo começa a usar o bagulho, mais chances tem de desenvolver psicoses e alucinações. Seu uso contínuo e prolongado pode levar à Síndrome Amotivacional, caracterizado por transtornos comportamentais, cognitivos e e volitivos graves. Parece-se muito com uma Síndrome Depressiva, pois o doente descuida da aparência, evita contato social e tem dificuldade de concentração.
Homens podem ter redução da produção de espermatozóides e mulheres usuárias tendem a gerar filhos com déficits importantes no desenvolvimento neuropsicomotor. É, caro leitor do MP… a maconha não é tão inofensiva assim!
Ecstasy
Drogas e seus efeitos – Parte 1
Popularizada inicialmente como lula do amor, a 3,4-metilenodioximetanfetamina (MDMA) é uma droga sintética, neurotóxica que tem ação estimulante no SNC. Administrada por via oral, através da ingestão de um comprimido ou cápsula.
Seus efeitos mais conhecidos são a taquicardia, dilatação da pupila, sudorese, ressecamento bucal, e aumenta as sensações do tato – apesar de não ter propriedades afrodisíacas, foi popularizada em festastechno raves, onde as festas duram dias inteiros e a droga é utilizada também para retardar o sono e a sensação de fadiga.
Pode levar a crises de pânico assim como episódios breves de alucinações. A droga causa lesões celulares irreversíveis com o uso e a produção de serotonina (substância natural que causa sensação de prazer) vai diminuindo sucessivamente podendo levar o usuário a um estado depressivo grave.
O ecstasy é tóxico aos tecidos do coração e fígado, mas principalmente ao tecido nervoso. Ele causa hipertermia o que é agravada pela atividade física constante e sem repouso (como nas festas que duram o dia inteiro), causando a priori, desidratação, com convulsões e morte celular cerebral. Além disso, pode ocorrer lesão dos tecidos musculares, sobrecarregando o rim e levando-o a uma insuficiência renal.
Não há relatos evidentes de dependência física ao ecstasy, mas não há como negar que a droga é altamente nociva, mesmo com o uso esporádico.
Isso é só o começo. Conte o que sentiu se um dia já experimentou uma dessas substâncias. Em breve, falaremos sobre a cocaína e outras drogas.

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