sexta-feira, 20 de maio de 2011

Games de Outras Épocas - Parte 10



Nigel Mansell’s F-1 Challenge (1993)

Lá vem o Leão! A inesquecível saudação de Galvão Bueno a Nigel Mansell é inevitável ao lembrar esse game, que foi o primeiro que tive para o meu Super Nintendo. Aliás, foi graças a ele que ganhei o console, após um descuido de meu avô, que, em uma viagem, me trouxe de presente um cartucho para o videogame errado. Aproveitei a situação, é claro (risos). Aquele era o auge da carreira do inconseqüente – para não dizer maluco mesmo – piloto inglês, que um ano antes havia conquistado o título mundial com a Williams sendo um carro infinitamente superior aos outros. Mesmo assim, ele não deixou de levar algumas surras de cinta de Ayrton Senna, como na inesquecível corrida em Mônaco, onde o brasileiro ganhou literalmente no braço e no talento, já que sua McLaren não tinha a mínima condição de se sustentar em uma disputa tão desigual.


De qualquer modo, vamos falar sobre o game, que foi um dos melhores do gênero a ser lançado na gloriosa era dos 16-bits. Trazendo todos os circuitos da temporada oficial, além da opção de treinar na pista particular da equipe, Nigel Mansell’s F-1 Challenge (batizado nos Estados Unidos como Nigel Mansell’s World Championship) reunia doze pilotos, cada um representando uma das equipes que disputava o campeonato à época. A saber:

Nigel Mansell (Williams-Renault)
Ayrton Senna/Gerhard Berger (McLaren-Honda)
Michael Schumacher (Benetton)
Mika Hakkinen (Lotus)
Jean Alesi (Ferrari)
Andrea de Cesaris (Tyrrell)
Aguri Suzuki (Footwork)
Érik Comas (Ligier)
Karl Wendlinger (March)
Pierluigi Martini (Dallara)
Ukyo Katayama (Venturi Larrousse)
Stefano Modena (Jordan)

A título de curiosidade, Senna foi incluído apenas versões que chegaram às lojas especializadas japonesas. Mas teve que ser retirado no lançamento ocidental, devido a problemas legais, pois já possuía um jogo com seu nome, o famigerado Super Mônaco GP II – que logo pode acabar pintando por aqui também. Hoje, essa edição da terra do sol nascente é caçada mundo afora pelos colecionadores inveterados. De qualquer modo, após sua morte em 1994, versões piratas com o brasileiro no lugar de Mansell foram vendidas no “mercado paralelo” dos camelódromos. Era só não entrar nos boxes durante a corrida que o cartucho não travava – ô, beleza =).



Ainda havia a opção de conhecer os circuitos com dicas de Mansell durante o trajeto, uma boa alternativa antes de encarar o desafio pra valer. Também era possível dar uma de mecânico e mexer na configuração do carro antes de cada etapa. Uma boa idéia, mas não lá muito recomendável, visto que qualquer mínimo erro estratégico e a máquina se tornava incontrolável, especialmente quando se tentava usar pneus lisos na chuva ou vice-versa. O que era um ponto positivo, pois conseguia dar uma sensação próxima á realidade, algo muito difícil para os games naquela época. Até hoje gosto de dar umas jogadas de vez em quando, especialmente pelo valor sentimental. Mas também porque é um jogaço, que garante a diversão dos apaixonados pela velocidade!

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